O secretário americano do Trabalho, Alexander Acosta, vai deixar o cargo dentro de uma semana depois de muitas críticas à forma como ele fez um acordo judicial com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de abusar sexualmente de dezenas de meninas menores de idade.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 12, pelo Presidente Donald Trump, que, disse que “Acosta virou motivo de distração”.
"Odeio ver isso acontecer", acrescentou Trump ao lado de Acosta na manhã de hoje, na Casa Branca, e reiterou que não pediu a saída de Acosta do seu gabinete, onde continua como conselheiro.
Alex Acosta afirmou que deixar o posto era a decisão certa depois de ter sido muito criticado pelo acordo feito enquanto procurador federal da Flórida, com Epstein, em 2007, no qual o bilionário declarou-se culpado por uma acusação menor, de prostituição, sob as leis da Flórida.
À época, entretanto, ele enfrentava acusações federais de abusar sexualmente de menores de idade desde 1999.
Com o acordo, Epstein cumpriu 13 meses de prisão, mas foi autorizado a sair durante o dia para trabalhar e concordou em regista-ser como agressor sexual, além de pagar uma restituição às vítimas identificadas pelo FBI.
Na segunda-feira, 8, procuradores federais em Nova Iorque fizeram novas acusações semelhantes a essas, o que trouxe à tona o papel de Acosta, tendo legisladores democratas exigido a demissão dele.
Jeffrey Epstein, de 66 anos, foi detido na semana passada, acusado de abusar de dezenas de meninas menores de idade na sua mansão em Manhattan há mais de uma década num processo no qual evitou ser denunciado com acusações federais graças ao acordo extrajudicial feito com Alex Acosta.