O secretário provincial do Partido da Renovação Social (PRS) em Malanje abandonou organização a 40 dias das eleições gerais em Angola.
Eduardo Hilário Francisco, que liderou o PRS nos últimos dois anos na provincia, depois de 14 anos de militância efectiva, bateu com a porta por, segundo ele, haver no partido actos contrários aos princípios democráticos, como nepotismo, suborno e regionalismos.
“Calúnia, indisciplina, conflitos internos”, denunciou Hilário, justificando que o nepotismo é sustentado “pelo quadro da estrutura do Comité Nacional, que é o órgão máximo do partido, bem como o Conselho Político e também o secretariado executivo que tornou-se no clã familiar”.
“Estão à volta primos, cunhados, sobrinhos, genros, mas o mais grave é quando os membros ao mais alto nível do secretariado executivo nacional pegam nos seus familiares e filhos e colocam nas províncias para ocupar cargos de comissários”, denunciou Eduardo Francisco.
Ele reclamou o facto de nunca ter sido ouvido e disse “não ser admissível numa província como Malanje trabalhar com um orçamento inferior a 400 mil kwanzas mensais.
Reeleito em Abril numa conferência provincial de renovação de mandatos, já foi substituído pelo comissário eleitoral municipal de Kambundi-Katembo, Baião Marinho.