A seca no Distrito de Mabalane, na província de Gaza, em Moçambique, provoca a perda de 10 mil toneladas de produtos alimentares, enquanto a falta de água colocar em situação de insegurança alimentar milhares de pessoas na região.
Campos agrícolas vazios, vegetação seca, gado magro devido à falta de pastagem e uma parte da população a sofrer de fome e falta de água são consequências da seca que afecta a província de Gaza.
“Tivemos pouca chuva, produzimos pouco milho e a fome começou a atacar-nos”, disse Tiago Simango, morador de Mabalane.
No centro da vila a população beneficia-se da água fornecida pela empresa caminho de ferro de Moçambique
Amido Matavale, residente em Mabalane, disse que “desde Setembro do ano passado que não chove, a falta de água para o consumo é um problema para a população, e graças aos CFM que, em coordenação com o Governo de Distrito, tem fornecido agua à população”.
A região é atravessada pelo Rio Limpopo cujo caudal é apenas umfio de água, está completamente seco e, segundo Justino Mário, “há produtores ao longo do corredor que foram obrigados a arrumar as moto-bombas por falta de água, temos culturas que estão a secar e neste momento enquanto não chover a produção vai parar.
A situação é mais gritante nas aldeias de Mamanzene, Khokwé e Machava, onde a população é obrigada a percorrer sete quilómetros para buscar a água do rio, pois as fontes existentes jorram água salgada.
No entanto a Administração local prometeu construir furos mais profundos com vista alcançar o lençol de água doce.
Luís Sumbana anunciou que o “Governo decidiu abrir furos com 200 ou mais metros de profundidade, e a esta profundidade não é possível bombear a água à mão, pelo que foi colocado um sistema multinacional a base de energia solar para ajudar a bombear a agua”.
Este ano, o Distrito de Mabalane previa produzir cerca de 60 mil toneladas de produtos, mas devido à seca e estiagem o sonho foi-se abaixo.