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Seca no sul de Angola afecta mais de dois mihões de pessoas


João Lourenço visita a região com críticas à actuação do Governo
João Lourenço visita a região com críticas à actuação do Governo

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que quase 2,3 milhões de pessoas carecerem de ajuda humanitária entre as quais cerca de 900 mil pessoas.

Desse total, 500 mil crianças estão em risco e 43 mil necessitam de ajuda urgente.

Aquela agência acrescenta também que a abordagem de combate à seca não tem sido a melhor.

No entanto, os reais danos da seca no sul de Angola parece estarem ainda longe de serem avaliados.

Várias regiões das províncias da Huíla, Namibe e Cunene estarão a viver a pior seca de todos os tempos.

O economista António Pereira diz que essas consequências não devem ser vistas como novidade, pois lembrou que nunca faltaram alertas para a situação que se estava a desenhar.

“Tivemos uma situação que decorreu com os nossos irmãos de Moçambique, as pessoas se organizaram de dia para noite para apoiar e aqui no nosso país protelamos as situações e chegamos a ter essas consequências que estão a ser ventiladas. O nosso executivo devia preocupar-se mais com esta situação para não vermos pessoas a viverem situações desagradáveis e degradantes em relação à seca que está a viver”, afirma Pereira, lembrando que “começou-se a badalar há muito tempo sobre esta problemática”.

Para o director executivo da Associação Construindo Comunidades, (ACC), Domingos Fingo, a nova realidade decorre da ausência de políticas concretas para enfrentar a seca na região.

Para aquela organização de defesa dos direitos humanos com abrangência no sul de Angola, os avisos anteriormente lançados foram sempre ignorados pelo Governo.

Fingo defende participação da sociedade civil na solução da seca.

“Devemos criar políticas concretas e não políticas sigilosas, mas políticas com a intervenção das instituições da sociedade civil? Nós, desde sempre, falamos e sempre fomos ignorados e esta ignorância está na base a realidade que estamos a viver hoje”, refere Fingo.

Para constatar in loco a situação na região, o Presidente da República João Lourenço desloca-se às províncias do Namibe e Cunene nos dias 3 e 4 do corrente mês

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