A seca que persiste em Moçambique vai forçar autoridades a restringir fornecimento de água na província de Maputo.
Em Março, o assunto será discutido num encontro entre responsáveis do sector e os principais utilizadores da água do Rio Umbeluzi e da que é produzida pela Barragem dos Pequenos Libombos.
Para já, sabe-se que, numa primeira fase, a agricultura será a principal área afectada por essas medidas restrictivas.
No Norte de Moçambique, já se sabe, o problema do excesso de chuva, enquanto, paradoxalmente, no sul, o inverso, é seca mesmo.
Enquanto isso, na zona meridional de Moçambique, há três grandes barragens: duas na província de Maputo e uma na de Gaza.
Por causa da falta de água, as autoridades tiveram mesmo que dar ordens para se parar com a produção de energia eléctrica, diz Rute Namucho, da Direcção Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, para quem a quantidade de água que existe na albufeira de Corumana não é suficiente para aguentar até à próxima época chuvosa, o que pode ser dramática.
Pequenos Libombos fornece água às cidades de Maputo e Matola e à vila municipal de Boane, mas o Rio Umbeluzi, embora não esteja seco, está a registar caudais extremamente baixos.
Por isso, as autoridades do sector estão a pensar em impor restrições no fornecimento de água.
Rute Namucho, disse ser importante ressalvar que as medidas restritivas não serão introduzidas de forma abrupta e que os utentes serão avisados atempadamente.
O assunto será discutido em Março numa reunião na qual estarão presentes, entre outros técnicos, os representantes da área operacional da Barragem dos Pequenos Libombos e os principais beneficiários da água do Umbeluzi.(