Angola vai ter o seu primeiro Satélite, denominado Ango Sat, a partir de 1 de Dezembro.
O satélite é construído por um consórcio estatal russo, com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, e envolve ainda a Roscosmos, empresa estatal espacial da Rússia.
O director-geral do Instituto Nacional para o Fomento da Sociedade da Informação, Manuel Homem garante que o satélite levaráinúmeros benefícios a Angola e aos angolanos.
Fontes não oficiais do meio universitário contactadas pela VOA colocam algumas reticências ao investimento.
O especialista do Ministério das Telecomunicações disse à VOA que não se vislumbram desvantagens para o país com a implementação do Ango Sat 1, o primeiro satélite angolano, que, segundo informações anteriores do ministro Jose Carvalho da Rocha, vai ser lançado dentro de dois meses.
"A telefonia, os serviços de dados internet a nível nacional vão ter reflexo positivo, mesmo nas zonas remotas, os seus serviços vão estar mais facilmente conectados aos grandes centros urbanos, os ganhos do Ango Sat 1 serão transversais, a qualidade dos serviços da radio e da televisão vão melhorar", explicou Manuel Homem, director-geral do Instituto Nacional para o Fomento da Sociedade da Informação
Em termos económicos, Homem assegura que Angola terá muitos ganhos até na região africana porque vai cobrir a África e uma parte da Europa, o que poderá trazer valências económicas, como venda de serviços"
Sobre eventuais desvantagens, o especialista do Ministério das Telecomunições diz não existir o problema de lixo espacial que “é mundial”.
O Ministerio garante ter já formado mais de 50 quadros para assegurar a operacionalidade do satélite, outros tantos estão em fim de formação a nível do doutoramento e mestrado na Rússia.
O cientista politico Nelson Pestana diz que o satélite em si é vantajoso mas duvida da titularidade do mesmo.
"O Ango Sat será bom para os angolanos, o problema é a titularidade, não sabemos se é mesmo dos angolanos ou pertence a um grupo restrito de pessoas, há pouca informação sobre isso", adianta Pestana.
Entretanto, uma fonte não oficial contactada pela VOA avançou ser pouco provável que o satélite seja lançado em Dezembro, já que para o valor total da produção não foi pago.
De recordar que Jose Carvalho da Rocha havia dito anteriormente que a crise no país não condiciona o lançamento do primeiro satélite angolano, avaliado em 2013 em 37 mil milhões de kwanzas (cerca de 210 milhões de dólares).
O principal centro de controlo do primeiro satélite angolano estará localizado em Korolev, na Rússia