Vários momentos de tensão marcaram o debate no parlamento são-tomense sobre a queixa-crime do partido Acção Democrática Independente na oposição apresentada ao Tribunal Penal Internacional por alegada perseguição política aos seus membros e por violação da Constituição do país.
No debate realizado a pedido do Governo de Gabriel Costa, o primeiro-ministro considerou a atitude dos dirigentes da ADI de anti-patriótica e que mancha a imagem de São Tomé e Príncipe a nível internacional.
Por seu lado, o grupo parlamentar do MLSTP/PSD, o maior partido da coligação que apoia o Executivo, desafiou a ADI, de Patrice Trovoada, a apresentar provas de actos de perseguição e violação dos direitos humanos praticados por altos dirigentes de São Tomé e Príncipe.
Em contra-ataque, o líder parlamentar da ADI Levy Nazaré deixou claro que a queixa apresentada ao Tribunal Penal Internacional não é contra o Estado são-tomense, mas sim contra figuras públicas que têm praticado tais actos.
Durante este debate na Assembleia Nacional, o primeiro-ministro Gabriel Costa revelou a razão pela qual o Presidente da República ainda não marcou a data das próximas eleições em São Tomé e Príncipe.
De acordo com o líder do Governo, o chefe de Estado Manuel Pinto da Costa aguarda a actuação da justiça são-tomense contra os dirigentes da ADI com processos na Procuradoria-Geral da República para depois marcar as datas das eleições.