Cinco juízes do Tribunal da Primeira Instância de São Tomé e Príncpe foram suspensos das suas funções na sequência da inspecção judicial realizada no quadro da reforma do sector da justiça.
Após a divulgação dos resultados da inspecção judicial instalou-se a polémica.
Dos 12 juízes do Tribunal da Primeira Instancia, cinco foram classificados de medíocre e estão para já suspensos das suas funções, mas correm o risco de serem afastados definitivamente do sistema judicial.
O estatuto dos magistrados judiciais determina que os juízes classificados pela inspecção como medíocres devem ser afastados dos tribunais.
Num comunicado distribuído à imprensa, a Associação dos Magistrados Judiciais dá voz à revolta dos juízes suspensos e acusa o Governo de ter interferido nos resultados da inspecção judicial conduzida por peritos portugueses.
A Associação afirma ter havido influência do poder político em prejuízo de alguns juízes e em benefício de outros.
O primeiro-ministro Patrice Trovoada desvalorizou as acusações da Associação dos Magistrados Judiciais e manifestou-se satisfeito com o avanço da reforma do sector da justiça.
Trovoada considera que é preciso credibilizar de uma vez por todas a justiça em São Tomé e Príncipe, tendo pessoas certas nos lugares certos.