O governo de São Tomé e Príncipe vai abrir um novo período para permitir a naturalização de cidadãos da CPLP contratados para trabalhar nas antigas roças coloniais. O processo vai incluir os descendentes desses cidadãos que também se encontram na mesma situação.
Para o primeiro-ministro Patrice Trovoada, trata-se de uma velha questão que carece de justiça por parte das autoridades santomenses.
Centenas de cidadãos oriundos da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa estão há dezenas de anos à espera de obterem a nacionalidade santomense depois de terem trabalhado nas plantações de cacau e café antes e após a independência.
De acordo com o chefe do Governo, o Ministério da Justiça e Direitos Humanos vai anunciar em breve a abertura de um novo processo para que esses cidadãos possam adquirir a nacionalidade santomense sem qualquer custo financeiro.
O executivo de Patrice Trovoada está igualmente preocupado com alguns desses cidadãos que já atingiram a idade de reforma e não têm qualquer pensão de sobrevivência.
A maioria desses cidadãos é de origem cabo-verdiana. O Governo de Cabo Verde. em parceria com as autoridades santomenses. também tem envidado esforços no sentido de encontrar uma solução urgente para esta situação.