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SADC vai realizar reunião de emergência sobre Cabo Delgado


Deslocada de guerra, Cabo Delgado
Deslocada de guerra, Cabo Delgado

Mais de 2600 mortes desde o início de ataques, em 2017

Seis presidentes da África Austral vão realizar, na quinta-feira, 8, conversações de emergência sobre a crise no norte de Moçambique, onde os jihadistas capturaram no mês passado a vila de Palma.

A cimeira da defesa e segurança da SADC sobre a violência armada no norte de Moçambique e o apoio no combate aos grupos armados, foi anunciada esta terça-feira, 6, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicano.

Militantes ligados ao Estado islâmico lançaram um assalto à vila de Palma, a 24 de Março, no que é visto como a maior escalada de uma insurreição com três anos.

As autoridades dizem que dezenas de pessoas foram mortas, enquanto milhares fugiram da vila de cerca de 75 mil pessoas.

Moçambique: População regressa a Palma depois de ataque de insurgentes
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As conversações sobre a crise terão lugar em Maputo, reunindo os presidentes de Moçambique, Malawi, Tanzânia, Botswana, África do Sul e Zimbabwe.

Os 16 membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), disseram que a reunião iria "deliberar sobre medidas para enfrentar o terrorismo" em Moçambique.

O Presidente do Botswana Mokgweetsi Masisi, actual líder da SADC, disse que os ataques foram uma "afronta" à paz e segurança de Moçambique, da região e da comunidade internacional.

A África Austral gozava de relativa estabilidade em comparação com outras regiões, nos últimos anos, até que os insurgentes iniciaram, em 2017, ataques na província de Cabo Delgado, rica em gás natural e outros recursos.

As autoridades moçambicanas afirmam que Palma está agora totalmente sob o controlo do governo

O gigante francês da energia Total suspendeu, na semana passada, as suas operações e retirou todo o pessoal de um projecto de gás na península de Afungi, a cerca de 10 quilómetros da vila.

Conhecida localmente como Al-Shabaab - mas sem relação conhecida com o grupo somali do mesmo nome - os jihadistas de Cabo Delgado lançaram mais de 800 ataques a cidades e aldeias numa aparente tentativa de estabelecer um califado islâmico.

A violência matou mais de 2.600 pessoas e desenraizou cerca de três quartos de um milhão de outras, segundo estimativas.

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