A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) exortou nesta terça-feira, 19, os países membros a apoiarem Moçambique na luta contra “terroristas”, em Cabo Delgado, que se diz estarem ligados ao Estado Islâmico, mas não especificou o tipo de ajuda.
A decisão foi tomada numa reunião do orgão de defesa e segurança da organização composta pelo Zimbabwe, Zâmbia e Botswana.
O Presidente de Moçambique tambem participou no encontro.
O Chefe de Estado do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, que presidiu o encontro, disse que a situação naquela provincia moçambicana ameaça a paz e segurança na região
Um comunicado emitido após a cimeira exortou os Estados membros a ajudarem Mocambique a lutar “contra os terroristas e grupos armados em alguns distritos de Cabo Delgado”
A declaração não torna claro se os países da SADC vão enviar tropas para província.
Nos últimos meses tem estado a intensificar-se uma rebelião conduzida por uma organização que se diz ela propria ligada ao Estado Islâmico.
Os rebeldes têm ocupado algumas vilas e cidades perante a incapacidade de resposta das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
O Governo de Maputo pediu nos últimos meses ajuda ao Grupo Wagner, uma organização de segurança privada da Rússia e também de uma organização de segurança sul-africana que teve um dos seus helicopteros abatidos na província.
Vários militares do Grupo Wagner terão sido também mortos pelos rebeldes, alguns mesmo chegaram a ser decapitados.
A rebelião está a pôr em perigo investimentos de milhares de milhões de dolares para a exploração de de gás natural ao largo da costa do norte do país, além de ter provocado mais de 1.100 mortos e 200 mil deslocados desde Outubro de 2017.