O Estado de São Tomé e Príncipe pode entrar este mês em colapso financeiro devido à crise provocada pela pandemia da Covid-19.
O aviso é do ministro das Finanças, Osvaldo Vaz, quem já pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial (BM), para apoiar famílias que já começaram a perder rendimentos.
“As receitas correntes vão cair assustadoramente face às dificuldades na cobrança de impostos”, alertou o governante.
Enquanto isso, o Governo vê-se na necessidade de endurecer as medidas sanitárias de prevenção contra o coronavírus e anunciou um novo horário para o funcionamento do comércio formal e informal.
“A partir das 18 horas, os mercados, quiosques e outros comércios deixam de funcionar para que as equipas de limpeza possam trabalhar e garantir a higiene na cidade de São Tomé”, avisou o ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa, quem pediu também aos taxistas para transportarem menos passageiros nas viaturas.
A oposição, pela voz do líder parlamentar da Ação Democrática Independente (ADI), Abnildo de Oliveira, aplaude as medidas de caráter sanitário adotadas pelo Governo, mas alerta para a falta de apoio financeiro às famílias que ficaram sem rendimento.
O maior partido da oposição quer saber se o Governo já tem um "plano de apoio financeiro aos guias turísticos, funcionários hoteleiros, motoqueiros, taxistas, feirantes e outros grupos sócio-profissionais" que já estão a ser afetados pela crise provocada pela Covid-19.