O Governo são-tomense prorrogou por mais 15 dias, até 30 deste mês, o estado de calamidade pública que vigora no país desde 16 de junho devido ao "alto risco da propagação da pandemia da Covid-19 que ainda prevalece".
A decisão é justificada pelo porta-voz do Executivo, Adelino Lucas, com o aumento de casos da Covid-19 nos países emissores do turismo e com a abertura no ano letivo no país.
O Governo lembra que o espaço aéreo do país "está totalmente aberto desde o dia 15 de julho", e vê com preocupação " o aumento de casos positivos de covid-19 nos principais mercados emissores de turismo e de residência das maiores comunidades são-tomenses no estrangeiro",
Outra justificação apresentada pelo Secretário de Estado da Comunicação Social e porta voz do governo para prorrogar o estado de calamidade publica, é o início do ano letivo "que tem implicado a movimentação diária de milhares de crianças e jovens"
Covid aumenta a pobreza
Enquanto isso o Banco Central de São Tomé e Príncipe, num estudo divulgado recentemente faz saber que “a pandemia da Covid-19 agravou em 7 por cento o índice da pobreza no país”.
De acordo com o economista do Banco Central, Gerse Espírito Santo, “o setor empresarial registou uma redução do volume de negócios na ordem dos 80 por cento e o desemprego aumentou consideravelmente”.
O Banco Central do arquipélago disse que no segundo trimestre deste ano, o período em que se registou mais casos da covid-19 no país “o produto interno bruto contraiu 23 por cento”.
“Só um processo de cura da doença poderá inverter esta tendência negativa”, disse o economista do Banco Central.
Nas últimas 48 horas, segundo as autoridades sanitárias, São Tomé e Príncipe não registou qualquer caso positivo do novo coronavírus, mantendo-se as infeções acumuladas em 906 e 15 óbitos desde do início da pandemia.