Os são-tomenses olham com preocupação e ceticismo para a economia do país em 2025 e analistas políticos e económicos não perspectivam dias melhores para a população.
2025 é o ano em que São Tomé e Príncipe inicia uma nova caminhada como país de renda média, após a graduação em finais de 2024 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, já sente o peso da responsabilidade com a probabilidade de diminuição das ajudas internacionais e enumera os principais desafios que o país enfrenta.
Nas ruas, muitos são-tomenses olham o futuro com pouco otimismo.
“É muito triste, estamos a assistir muitos jovens a emigrarem para o país dos outros em busca de melhores condições que não encontram na sua terra natal” disse um jovem comerciante de produtos agrícolas.
Os desejos apontam para mais emprego, melhores salários e estabilidade politica económica e social.
“Os governantes deveriam também apostar na melhor educação e melhor saúde para nós”, pediu outro cidadão.
João Tavares, secretário-geral da Organização Nacional do Trabalhadores de São Tomé e Príncipe é de opinião que “2025 não será um ano fácil para a classe trabalhadora”.
O economista Paulo Barros não prevê "crescimento econômico positivo, face à diminuição da ajuda internacional", uma das consequências da graduação à país de renda média.
O analista político Liberato Moniz também não consegue vislumbrar melhorias em 2025 perante o que considera de “governação irresponsável com os políticos a pensarem no seu bem-estar e em negócios particulares”.
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