A diretora da Polícia Judiciaria (PJ) de São Tomé e Príncipe, Maribel Rocha, foi constituída arguida pelo Ministério Público, na sequência de um processo de desaparecimento de drogas nas instalações da PJ.
No âmbito deste caso foram ainda constituídos arguidos, a secretária da diretora, dois agentes da polícia judiciária e uma encarregada de limpeza.
Os quatro estão sob termo de identidade e residência.
A droga desaparecida faz parte de um lote de 98 cápsulas retiradas do intestino de um cidadão Brasileiro, detido, no ano passado, por agentes da PJ, no aeroporto de São Tomé, vindo de Portugal num voo da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP).
Na altura, um dos implicados neste tráfico internacional de estupefacientes fugiu do país, enquanto as autoridades investigavam o caso.
Com o processo ainda por concluir, o Ministério Publico São-tomense recebeu, na última semana, uma denúncia, dando conta que do lote da droga apreendida em dezembro de 2019, 14 cápsulas desapareceram dos cofres da PJ.
Entretanto, num comunicado divulgado, na passada sexta feira, 28, a Polícia Judiciaria informou que deteve dois nigerianos e uma são-tomense na posse da droga desaparecida nas suas instalações.
Sem avançar dados sobre a operação que culminou com a apreensão dos três suspeitos, a PJ acusou o Ministério Publico de expedientes que podem perturbar as investigações, por ter assumido o caso e transferindo os detidos da cela da PJ para o Comando da Polícia Nacional.