O chefe dos serviços de inteligência militar da Ucrânia Kyrylo Budanov disse hoje que a Rússia quer dividir o seu país em duas partes como aconteceu na Coreia e avisou que isso será respondido com uma “guerra de guerrilha total”..
Na sexta-feira a Rússia anunciou uma mudança dos seus planos iniciais na guerra afirmando que irá agora concentrar-se em garantir a segurança da região separatista de Donbass onde separatistas apoiados pela Rússia controlam há vários anos diversas áreas e cidades.
Um dirigente local da auto proclamada República Popular de Luhansk disse que região vai em breve realizar um referendo sobre a unificação com a Rússia como aconteceu depois da Rússia capturar a península da Crimeia em 2014.
Budanov disse que o plano da Rússia é agora o de “criar a Coreia do Norte e Coreia do Sul na Ucrânia” acrescentando que uma guerra de guerrilha será iniciada forçando a Rússia a ter que enfrentar a situação de “como vai sobreviver”.
Um porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros da Ucrânia disse que “todos os referendos falsos em territórios temporariamente ocupados não têm qualquer validade legal”.
Um conselheiro do ministério do Interior ucraniano Vadym Denysenko disse que a Rússia começou entretanto a atacar e destruir os centros de armazenamento de alimentos e combustíveis.
O ministério da Defesa da Rússia disse que foram os seus mísseis que destruíram um depósito de combustível e um complexo de reparações de material militar perto da cidade de Lviv a cerca de 60 quilómetros da fronteira com a Polónia.
Forças russas querem cercar e eliminar tropas ucranianas no leste do país
Na sua última avaliação sobre a guerra na Ucrânia, o ministério da defesa Britânico disse que as forças russas parece estarem agora a concentrar-se em cercar as forças ucranianas que confrontam os separatistas no leste do país.
“A situação de batalha no norte do país permanece na generalidade estática com contra ataques ucranianos a dificultarem as tentativas russas de se reorganizarem”, disse o ministério.
A Rússia e a Ucrânia acordaram na criação de dois corredores humanitários para permitir a evacuação de civis da devastada cidade portuária de Mariupol.
A cidade está situada entre a Crimeia e areas do leste das zonas ocupadas pelos separatistas.
Declarações de Joe Biden forçam correcção pela diplomacia americana
Entretanto diplomatas americanos estão a tentar minimizar declarações do Presidente Joe Biden que na Polónia afirmou que “pelo amor de Deus este homem (o Presidente russo Vladimir Putin) não pode permanecer no poder”.
Entidades da Casa Branca disseram depois a jornalistas que as palavras de Biden não eram um apelo para o derrube do presidente Putin mas sim uma declaração de que não pode ser permitido que o presidente russo use o seu poder sobre os seus vizinhos ou na região.
O director do prestigioso centro de estudos Conselho de Relações Externas, Richard Haass, disse que as declarações de Biden tornaram “uma situação perigosa mais perigosa”
O Secretário de Estado americano Antony Blinken disse que os Estados Unidos têm “repetidamente afirmado que não temos uma estratégia para a mudança de regime na Rússia ou em qualquer outra parte
No sábado à noite o presidente ucraniano apelou novamente ao envio de tanques, aviões e mísseis para ajudar o seu país a fazer face às forças russas.
O presidente ucraniano disse que os dirigentes ocidentais poderão estar a impedir o envio de material de guerra por estarem a ser intimidados pelo presidente russo.
“Quem é que chefia a comunidade Euro-Atlantico? É ainda Moscovo devido à intimidação?”, interrogou Volodomyr Zelenskiy
O secretário de Estado americano Antony Blinken disse hoje os esforços de Israel em servir de medianeiro na Ucrânia são importantes e estão a ser feito “em coordenação próxima” com os Estados Unidos.
Blinken falava durante um encontro em Jerusalém com o primeiro minsitro israelita Naftali Bennett.