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Escolha de Ryan torna opções mais claras para o eleitorado americano - analistas


Mitt Romney à esquerda com o seu candidato á vice presidencia Paul Ryan
Mitt Romney à esquerda com o seu candidato á vice presidencia Paul Ryan
A escolha do congressista Paul Ryan para parceiro eleitoral de Mitt Romney na corrida á Casa Branca significa que estas eleições vão ser marcadas por uma ausência quase que total a questões de política externa.

Isso significa que para África a posição dos candidatos republicanos ou qualquer mudança na política da administração Obama não tem qualquer chance de ser mencionada nesta campanha eleitoral.

De facto a escolha de Paul Ryan um congressista conservador visa, segundo analistas locais, entusiasmar as bases do Partido Republicano, numa altura que Romney começava a cair nas sondagens causando apreensão senão mesmo pânico em alguns círculos eleitorais.

Romney nunca foi o candidato favorito do sector mais conservador dos Republicanos, nomeadamente entre o chamado tea Party que nas ultimas eleições legislativa levou os republicanos a assumirem controlo da câmara dos representantes.

Para os Democratas a escolha não foi recebida com qualquer apreensão. Pelo contrário os Democratas consideram que a escolha de Ryan servirá para tornar as opções eleitorais mais claras pois o agora candidato á vice-presidência, responsável pela comissão orçamental da câmara dos representantes, tem uma proposta orçamental apresentada ao congresso que segundo os democratas é um documento que favorece os ricos e detrimento dos outros sectores da sociedade americana.

David Axel Rod conselheiro da campanha do presidente Obama que a escolha de Ryan “tem como objectivo entusiasmar as vozes mais histéricas no partido Republicano”.

“Mas é uma escolha que deveria preocupar todos as outras pessoas, nomeadamente a classe média, os idosos, os estudantes, devido às propostas passadas de Ryan. Ele é um ideólogo da direita,” acrescentou

Axelrod disse que o plano de Ryan para reduzir o orçamento federal iria destruir o sistema de seguro de saúde para a terceira idade, conhecido por Medicare.

Os republicanos defende a escolha de Ryan descrevendo-o com um político jovem, energético capaz de articular a necessidade de se estabeleceram cortes profundos nos gastos do governo que ele e Romney advogam.

Tim Pawlenty, antigo governador republicano do Minnesota disse que Ryan será capaz de explicar a necessidade de reformar totalmente os programas de assistência social.

“Isto é um grande debate. É um debate importante. Mas ao contrário do presidente Romney e Ryan querem liderar, estão pronto a colocar propostas especificas na mesa. Penso que o público americano respeita e aprecia isso,” disse

Uma olhada pelos títulos de artigos de analistas confirma que a escolha de Ryan é vista como algo que vai introduzir um debate sério sobre o futuro dos planos orçamentais americanos.

"Ryan contra o declínio da americano", diz um título; "Uma eleição sobre o Medicare", outro título fazendo menção ao seguro de saúde para o idosos. "Pesadelo para os pobres e minorias", "os factos de Ryan e as ficções de Obama". "Uma escolha entre a estagnação e a renovação". "Inicia se a luta pelo futuro da América". Titulos que reflectem o que em teoria será o debate destas eleições

Uma media das ultims sondagens globais dá uma vantagem de quatro por cento a Obama.

Mas na verdade as eleições serão decidida num grupo pequeno de 10 ou doze estados e um deles é o estado do Iowa onde as sondagens dão uma vantagem de quase cinco por cento a Obama.

Ryan esteve já em campanha no estado do Iowa onde o professor de ciências politicas Cary Convington disse que as propostas de Ryan para cortes orçamentais têm grande apoio entre os republicanos do estado.

“Ryan é forte em questões como impostos baixos, forte na questão de se ter um governo mais pequeno e esse é o tipo de candidato que eles procuravam. É como se fosse um representante do Tea Party e isso vai entusiasmar a base republicana aqui no Iowa. Mas pela mesma medida isso vai dar energia aos Democratas do estado devido á sua posição em questões como o medicare e redução de apoio governamental aos agricultores;” disse.

A partir de agora os candidatos vão sem dúvida concentrar as suas operações em estados como a Florida, Virgínia, Ohio e Pensilvânia. São estados com enorme representação no colégio eleitoral onde a escolha presidencial é decidida após a votação e é lá que a escolha entre duas visões do futuro fiscal da América será decidido
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