Funcionários de inteligência e autoridades políticas da Rússia discutiram como influenciar Donald Trump através dos seus assessores durante a campanha eleitoral, de acordo com informações recolhidas por espiões norte-americanos no verão passado, informou o New York Times nesta quarta-feira, 24.
Ao citar três actuais e antigas autoridades americanas familiarizadas com a inteligência, o jornal disse que as conversas se concentraram em Paul Manafort, então presidente da campanha presidencial de Trump, e Michael Flynn, general reformado e assessor de Trump.
Comités do Congresso e um conselheiro especial nomeado pelo Departamento de Justiça neste mês estão investigando se houve interferência da Rússia na eleição norte-americana de 2016 e conluio entre a campanha de Trump e a Rússia.
A controvérsia tem abalado o Governo de Trump desde que ele demitiu o director do FBI James Comey, há duas semanas, no meio de uma investigação da agência sobre possíveis ligações à Rússia.
Moscovo tem negado as alegações e Trump nega qualquer conluio com os russos.
A reportagem do New York Times é a mais recente indicação do aprofundamento das preocupações na comunidade de inteligência dos Estados Unidos sobre os esforços russos para inclinar as eleições de Novembro a favor de Trump na disputa contra a democrata Hillary Clinton.