O não pagamento às empresas fornecedoras deixa os hospitais em Angola sem medicamentos. Para falar sobre o assunto, ouvimos a Ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, o Presidente do Sindicato dos Médicos de Angola, Adriano Manuel e a Presidente da Associação de Doentes Renais, Lurdes Freitas.
Pacientes e familiares em Angola denunciam a situação crítica nos hospitais públicos. Falta de medicamentos, negligência e mau atendimento são apontados como fatores que aceleram as mortes. Muitos relatam que familiares faleceram não por doenças, mas pela falta de cuidados essenciais.
A falta de recursos obriga familiares a acamparem nos hospitais para garantir o mínimo de assistência. Apesar de novos hospitais, a falta de recursos humanos comprometidos agrava ainda mais a situação.
Informações divulgadas nas últimas semanas davam conta que o hospital central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto”, na província da Huíla, estava com falta de medicamentos, reagentes e materiais gastáveis.
Segundo as nossas fontes, na origem desta que é considerada como a “pior” rotura de stock de medicamentos e consumíveis dos últimos cinco anos, estão as dívidas aos fornecedores, que se viram obrigados a suspender o fornecimento deste tipo de materiais.
Citada pela Angop, a directora geral do hospital central do Luabango, Maria Lina Antunes, informou que desde Junho do ano passado que os fornecedores estão à espera de pagamento.
De acordo com a responsável, estão a atravessar uma "crise", dado que a maior parte dos fornecedores "não quer manter os contratos de entrega, principalmente medicamentos, reagentes, consumíveis, sem pagamento".
Como consequência, os pacientes do centro de Hemodiálise do Hospital Central, estão sem medicamentos e apoio alimentar por parte dos responsáveis daquela maior unidade hospitalar da região sul do país.
A falta de fármacos está a condicionar a assistência médica e medicamentosa aos pacientes, como confirmou a Presidente da Associação de Doentes Renais, Lurdes Freitas.
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