A Comunidade Económica dos Países da Africa Ocidental (CEDEAO) parece atravessar um momento difícil como organização sub-regional. Com vários golpes na sua região, os seus membros tem tido dificuldade em responder às várias situações em que presidentes civis são depostos por militares que se instalam no poder.
A organização impõe sanções que os alvos militares ignoram, e parece que não consegue ser levada a sério. O último caso teve como palco o Gabão onde militares da guarda presidencial afastaram o Presidente Ali Bongo, que acabara de ser reeleito para um terceiro mandato, bastante controverso.
Antes tinha sido o Níger. A CEDEAO, disse que tem tentado negociar com os líderes do golpe de 26 de julho, mas ao mesmo tempo afirma estar pronta a enviar tropas para restaurar a ordem constitucional se os esforços diplomáticos falharem. O que levou os novos governantes militares no Níger a ordenarem que as forças armadas entrassem em alerta máximo, citando uma ameaça crescente de ataque.
Estará a CEDEAO a viver uma crise de credibilidade? Em face dos desafios colocados pelos vários golpes e o pouco efeito das sanções?
Tema de mais uma edição da rubrica 2Rs África, com Rui Neumann e Raúl Braga Pires.
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