O debate sobre a eventual revisão da Constituição da República da Guiné-Bissau, há muito tempo objeto de reflexões e contradições acadêmicas e cientificas, em consequência de vários conflitos institucionais, promete voltar à agenda política nos próximos tempos.
Os primeiros sinais para o tal debate foram vistos hoje na abertura da 9ª legislatura da Assembleia Nacional Popular. Consta do discurso do presidente do Parlamento guineense Cipriano Cassamá que a actual Constituição da república, sob tese de muitos estudiosos, apresenta incoerências e omissões, que não contribuem para qualificar e reforçar o sistema político atual.
Para Cassamá, a legislação constitucional vigente favorece um clima de tensão política entre as instituições.
Quase que uma resposta ao presidente da ANP, o Chefe de Estado guineense José Mario Vaz, que presidiu a cerimônia de abertura desta sessão parlamentar, considera que qualquer revisão constitucional deve impor uma prévia discussão, promovendo assim amplo envolvimento da sociedade.