O jornalista etíope Kumerra Gemechu que trabalha para a agência noticiosa Reuters, e que foi detido a 24 de dezembro em Adis Abeba, foi libertado nesta terça-feira, 4, sem qualquer acusação.
Em comunicado, a agência disse que "a polícia etíope libertou hoje o operador de câmara da Reuters, Kumerra Gemechu, depois de o ter mantido preso 12 dias sem acusação".
Gemechu foi detido a 24 de dezembro em casa, "em frente à mulher e aos filhos", ao mesmo tempo que a polícia apreendeu o telefone, um computador, discos rígidos e documentos do jornalista.
No tribunal, a 25 de dezembro, a polícia justificou a detenção com o facto dele divulgar notícias falsas contra o Governo e manter contactos com grupos que lutam contra o poder do primeiro-ministro Abyi Ahmed, sem dar detalhes.
Na altura, o tribunal deu à polícia mais 14 dias para concluir a investigação.
O editor da Reuters Stephen J. Adler festejou a libertação e disse estar satisfeito “por Kumerra ter sido libertado e poder juntar-se à sua família”.
“A sua libertação hoje mostra que não fez nada de errado", sublinhou Adler.
Até agora, nem a polícia nem a procuradoria da República informou sobre as causas da prisão do jornalista que há 10 anos trabalha para a Reuters em regime ´freelancer´.