O representante especial da ONU para a Missão de Resposta de Emergência contra o ébola, Peter Graaff, está em Bissau para avaliar a situação no país. Ele avisa que o país está numa zona de risco.
Aquele responsável da ONU confirmou que o país não regista, por enquanto, nenhum caso de ébola, mas, na sua opinião, não deixa de ser preocupante o facto de ter fronteira com a Guiné Conakry, fortemente atingido pela doença.
Por isso, disse Peter Graaff, as autoridades guineenses e a população em geral devem manter-se vigilantes, pois, segundo ele, “caso o ébola atingir a Guiné-Bissau será uma catástrofe”.
O representante especial dispõe de um plano de contingência para uma resposta rápida, em caso do vírus chegar à Guiné-Bissau, adiantando que toda a comunidade internacional e as organizações não-governamentais vocacionadas estão mobilizadas para o efeito.
Contudo, aconselhou ser necessário que a população seja preparada e orientada para poder lidar e dar resposta a esta doença.
Durante os dois dias, Peter Graaff vai fazer balanço dos esforços de prevenção e preparação do país contra a doença do vírus do ébola e verificar com o Governo guineense como a ONU pode ajudar na mobilização de apoios.
Em agenda, consta ainda que vai visitar o Centro de Isolamento e de Tratamento do Ébola no hospital central de Bissau “Simão Mendes”, assim como uma deslocação à localidade de Cuntabane, um dos postos avançados, situado na fronteira com a vizinha República da Guiné Conacri.
Para as Nações Unidas, a Guiné-Bissau continua em alto risco, devido à sua proximidade geográfica com a sua vizinha da Guiné, onde, recentemente, se registaram casos na prefeitura de Boké, muito próximo com a zona sul do país.