Uma das grandes ilações das eleições autárquicas da passada quarta-feira em Moçambique é que as mesmas puseram fim à ideia de bastiões de partidos, sendo a juventude a principal responsável pela quebra dessa crença, dizem alguns analistas.
Em Moçambique já se tinha desenvolvido a ideia de bastiões da Frelimo e da Renamo, mas o analista Tomás Vieira Mário considera que a forma como decorreram as eleições do passado dia 10 e a maneira como o eleitorado exprimiu o seu sentimento, puseram fim a essa crença de regiões fechadas por um partido a uma outra formação política.
De acordo com os dados divulgados pelos órgãos de gestão do processo eleitoral, a Frelimo venceu as eleições em 44 dos 53 municípios e a Renamo em sete.
Afirmou que os bastiões estavam ligados a gerações de eleitores, que vão sendo superadas por outras gerações de jovens que nestas eleições foram os que mais participaram na votação.
Por seu turno, o analista Calton Cadeado considera que para além disso, outra ilação que se pode tirar destas eleições é que a Frelimo teve uma vitória quantitativa, mas a Renamo obteve uma vitória qualitativa.
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