O partido Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) vai escolher, no próximo ano, o substituto de Afonso Dhlakama, falecido há exactamente seis meses, em Gorongosa.
O seu secretário-geral, Manuel Bissopo, diz que em “dois ou três meses teremos o congresso e todos os órgãos do partido, de acordo com a nova realidade”.
Interinamente, a Renamo é liderada pelo general Ossufo Momade, por indicação da sua Comissão Política.
Ainda não existe uma lista oficial de candidatos, mas são ventilados os nomes de Momade, Bissopo e Elias Dhlakama, irmão do falecido líder. Nenhum dos três confirma a intenção.
Dhlakama, oficial na reserva das Forças Armadas de Defesa e Segurança, diz que “os membros da Renamo têm opções, cada um opta por aquele que quiser (...) vai depender da minha última decisão.”
No seio do partido da perdiz, a escolha do novo líder é de carácter urgente, tendo em conta as eleições gerais de 2019 naquele país.
António Muchanga, deputado e figura proeminente do partido, recorda que a Renamo “tem tempo muito apertado, porque a lei eleitoral diz que as candidaturas devem ser efectuadas até 180 dias antes do dia da eleição”.