A Renamo, na oposição em Moçambique, vai iniciar, dentro de dias, à escala nacional, um processo de eleição de pré-candidatos a deputados da Assembleia da República e a membros das Assembleias Provinciais.
Após o término do recenseamento eleitoral, no dia 30 de Maio, uma das etapas que se irão seguir, será a inscrição dos partidos políticos interessados em participar nas eleições de 15 de Outubro.
Depois disso será a etapa de apresentação das candidaturas, e o Secretário-Geral da Renamo, André Magibire, diz que o seu partido se deve preparar para essas etapas.
Magibire afirmou que "precisamos de nos organizar para fazermos as conferências provinciais em que serão eleitos os pré-candidatos a deputados da Assembleia da República e a membros das Assembleias Provinciais".
Algumas correntes de opinião afirmam esperar que nessas eleições não seja dada primazia a militares, em detrimento dos políticos e intelectuais da Renamo, apontando-se como exemplo, o facto de o partido ter indicado um general como cabeça-de-lista para a presidência do município de Maputo, nas autárquicas do ano passado.
"Este ponto de vista é curioso", considera o analista Calton Cadeado, acrescentando que, "eventualmente, esses políticos e intelectuais não foram escolhidos para os municípios porque estavam a ser cozinhados e moldados para futuros embates, de nível provincial e de deputados da Assembleia da República".
Entretanto, André Magibire voltou a acusar os órgãos eleitorais de estarem a conduzir mal o recenseamento para as eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias provinciais.
Magibire disse estar em contacto com a comunidade internacional para que o recenseamento seja prorrogado por mais 15 dias.
De acordo com as projecções da plataforma da sociedade civil de observação eleitoral, "Sala da Paz", um milhão de potenciais eleitores poderão não ser recenseados caso não sejam resolvidos os problemas que o processo tem estado a registar, entre os quais as constantes