A Renamo não vai aceitar os resultados das eleições do passado dia 15 que serão anunciados amanhã pela Comissão Nacional de Eleições.
A conferência regional Centro e Norte, em que participaram delegados de sete províncias, considerou que Afonso Dhlakama ganhou as eleições presidenciais com 80 por cento dos votos válidos naquelas províncias e que o partido conseguiu, só nessas províncias, 139 deputados e venceu as eleições para as assembleias provinciais.
A Conferência Regional Centro e Norte da Renamo, com representantes de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Tete, Zambézia, Manica e Sofala, concluiu ontem que as eleições foram as piores na História de Moçambique em termos de violência policial contra os eleitores, ilícitos eleitorais, irregularidades, falsificação, adulteração de dados, assim como propaganda na comunicação social para dar antecipadamente a vitória à Frelimo e seu candidato.
Sem contabilizar os resultados de Inhambane, Maputo-Província e Maputo-Cidade, que, segundo a Renamo, não estão concluídos, o partido de Afonso Dhlakama disse que o seu candidato venceu as eleições presidenciais com 80% dos votos válidos, nas sete províncias do centro e do norte do país.
O porta-voz da Renamo António Muchanga disse à VOA que o partido tomará uma posição oficial depois do anúncio dos resultados pela CNE, mas reiterou que o processo está carregado de irregularidades.
Sem avançar mais detalhes, Muchanga afirmou que o "povo deve defender o seu voto".
Acompanhe o desenvolvimento desta notícia na emissão da VOA hoje, 29, a partir das 17 horas UTC (18 em Moçambique).