A Renamo considera insuficientes os valores destinados ao Fundo da Paz e Reconciliação Nacional pelo Governo moçambicano. O porta-voz do principal partido da oposição, António Muchanga disse que com esse montante não se poderá satisfazer cerca de 600 mil pessoas.
O Fundo da Paz e Reconciliação Nacional é uma instituição pública, recentemente criada pelo Executivo, como consequência do acordo de paz assinado a 5 de Setembro entre o Governo e a Renamo.
O director nacional de Assistência Social e porta-voz do Ministério dos Combatentes Horácio Massangaie disse à Rádio Moçambique que os combatentes, bem como os desmobilizados do Governo e da Renamo, devem começar a preparar os seus projectos para acederem ao Fundo da Paz e Reconciliação Nacional já a partir de Janeiro.
Entretanto, para a Renamo esse montante anunciado é insuficiente para satisfazer todos os desmobilizados e familiares que ascendem a 600 mil pessoas, como disse à VOA o porta-voz da Renamo António Muchanga deixa muitas perguntas no ar.
“Não deviam ser incluídos os desmobilizados do Governo, e com as viúvas e famílias dos combatentes há cerca de 600 mil pessoas que vão beneficiar desse fundo. Isto não dá para nada”, disse Muchanga.
A Comissão Política e dirigentes da Renamo de todo o país reúnem-se a partir de domingo na Gorongosa para um encontro de dois dias.
A reuião, que será presidido por Afonso Dhlakama, vai debater as últimas eleições gerais e provinciais, o desempenho do partido e a situação política, económica e social do país.