Cerca de duas dezenas de alunos na cidade do Sumbe, na provincia angolana de Kwanza Sul tiveram de ir à Pediatria do hospital depois de terem tomado um remédio alegadamente para desparasitação, denominado paraziquentel.
Beckas Batalha, de apenas 9 anos de idade, está internado nos cuidados intensivos debatendo-se entre a vida e morte por ter sido obrigado a tomar paraziquentel na escola na periferia da cidade.
Há pouco menos de cinco dias, o secretário provincial da Unita no Kwnza Sul Raul Teixeira chamou atenção das autoridades locais, pais e encarregados de educação para o perigo que o remédio estava provocar nas crianças.
As autoridades não terão levado o aviso a sério.
Junto dos professores o silêncio é total, numa altura em que pairam no ar ameaças de despedimentos.
A pediatra Andreza Diogo desdramatiza a situação e diz que não se pode colocar em causa o trabalho dos especialistas.
Por sua vez, o secretário provincial da CASA-CE Domingos Francisco Sobral disse à VOA ser necessário responsabilizar o Governo e pede “que as autoridades da saúde sejam honestos na sua investigação e venham a público esclarecer o caso”.
O paraziquentel é ministrado a pessoas com esquistossomose ou bilharziose,um tipo de infecção causada por parasitas que vivem em água doce como rios ou lagos em regiões tropicais e subtropicais.
A doença, segundo especialistas está associada a pobreza, superlotação, falta de saneamento e de água potável e de serviços medicos,sendo um problema de saúde muito sério para aqueles que já são vulneráveis devido a desnutrição ou desidratação.