Em Cabo Verde, o clima inflamado resultante da troca de acusações entre um dirigente sindical e o ministro da Justiça, na sequência das reivindicações da Polícia Judiciária (PJ) por melhores condições salariais e progressão na carreira, foi reprovada por políticos e sociedade civil.
Num estado democrático as pessoas devem manifestar as suas preocupações livremente, mas esse exercício deve ser feito no estrito respeito e moderação, evitando situações que podem prejudicar as negociações e o bom nome das pessoas envolvidas.
Este é o ponto de vista defendido por alguns analistas que VOA abordou, na sequência da polémica que envolveu o líder da CCSL, José Manuel Vaz e o ministro da Justiça, José Carlos Correia.
Para o sociólogo Nardi Sousa a reivindicação da PJ é justa, mas as partes envolvidas no processo negocial devem fazê-lo no estrito clima de respeito mútuo.
O empresário e sociólogo, Júlio Lopes entende que o Governo devia dar uma maior atenção às reivindicações da PJ, uma vez que se trata de uma polícia importante na investigação e combate ao crime.
No entanto Júlio Lopes considera que nenhuma parte envolvida no processo deve exceder na linguagem, pois o respeito e o bom nome das pessoas devem ser salvaguardados
O analista político Daniel Medina afirma que a linguagem inflamada não resolve problemas.