Em Maputo foi lançada esta quinta-feira, a plataforma nacional da sociedade civil sobre mulher, paz e segurança, tendo como alguns dos seus principais objectivos, garantir a reintegração social dos guerrilheiros da Renamo e a participação das mulheres na tomada de decisões.
Trata-se de uma iniciativa da Associação dos Direitos Humanos e do Conselho das Religiões de Moçambique, que se afirmam preocupadas com a fraca participação das mulheres na tomada de importantes decisões sobre o país, incluindo o diálogo político entre o Governo e a Renamo.
O lançamento desta plataforma marcou o fim de um encontro que reuniu académicos e embaixadoras dos países nórdicos em Maputo e decorreu sob o lema Mulheres pela Paz, Reconcliação e Desenvolvimento.
A presidente da Associação dos Direitos Humanos, Artemisa Franco, disse que nas actividades da plataforma, a reintegração dos militares da Renamo, vai merecer particular atenção.
Artemisa Franco afirmou ainda que a plataforma vai ser um meio de exigir que as mulheres façam parte do processo de paz. Lamentou que no diálogo político entre o Governo e a Renamo, as mulheres não estejam representadas, interrogando-se porque é que as mulheres não são eleitas para a presidência dos municípios.