Os apreciadores e artistas da música reggae continuam a ser discriminados, fruto de preconceitos muitas vezes conotado com o alegado consumo de droga por parte dos seus aderentes, diz a Associação dos Amigos do Reggae em Angola, NARA.
O ritmo nascido na Jamaica nos anos sessenta do século XX, conhece muitos admiradores neste país do atlântico.
Bob Marley, Peter Tosh, Jimmy Clif, Eddy Grant, Alfa Blondy, Luke Dube, UB 40, entre outros, são os mais ouvidos por quem gosta deste género musical.
Mas o movimento Rastafari, ligado a este tipo de música, aparece também como ligado ao consumo de liamba, a erva, cannabis sativa como é conhecida cientificamente.
Talvez o problema esteja ai, no consumo da erva e a ligação com a música reggae. Mas em muitas sociedades, assim como em Angola, a liamba como é vulgarmente conhecida, ela é classificada como droga, portanto o consumo é proibido. Paralelamente a isto, nem todo o mundo consome a liamba, mas os que ouvem e viajam ao som do reggae, são quase sempre conotados ao consumo da liamba.
Ras Sassa Coordenador da associação diz que faltam educadores na sociedade sobre a música reggae, para que desapareça a nuvem negra do preconceito, da injustiça.
A NARA criada em 2004 tem realizado vários shows musicais em Luanda, no sentido de quebrar o gelo da discriminação.
“Timidamente temos sentido que já há pessoas que aceitam a música reggae como ritmo da liberdade e reconciliação entre os homens”, Desabafa Ras Sassa.
A Associaçao dos Amigos do Reggae tem contado com o apoio da Aliança Francesa para que o reggae seja visto e ouvido em Angola, através dos meios de comunicação social ou com a realização de alguns espectáculos nacionais e internacionais pelo país.