BRASIL —
A superação de um dos muitos obstáculos que ainda existem. É assim que refugiados que vivem no Brasil avaliam a decisão do governo Brasileiro de retirar o termo “refugiado” do documento de identidade de quem está no Brasil fugindo de guerras e violações de direitos humanos em seus países.
O termo, que muitos brasileiros chegam a confundir com “fugitivo”, será substituído pela palavra “residente” na identificação dos estrangeiros.
Para o representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) Andrés Ramirez a mudança na carteira de identidade do refugiado é significativa.
Ele lembra que era um pedido antigo dos grupos que representam os cerca de 4 mil refugiados que vivem hoje no Brasil.
Entre as mais de 70 nacionalidades de refugiados no Brasil, a maioria é da Colômbia, Angola e Libéria.
Um angolano, que prefere não se identificar, está no Brasil há 15 anos e concorda que a mudança, ainda que só no papel, ajuda.
“Alguns amigos passaram por isso. Tiveram dificuldade, chegaram a voltar para casa por não conseguir emprego. A condição de refugiado inibe muito as pessoas quando elas vão procurar um emprego. As pessoas não sabem, têm preconceito ainda com o termo. Então, melhora, você passa a ter uma aceitação maior, sem desconfiança, sem preconceito”, conta.
Marcelo Haydu, fundador e director do Instituto de Reintegração do Refugiado (Adus) considera a medida relevante, mas acredita que ela está longe de colocar fim ao preconceito vivido pelos refugiados no Brasil.
Ele vê a novidade como uma medida paliativa,enquanto o mercado de trabalho discrimina o refugiado que procura emprego é um refugiado,
Para o Alto Representante do ACNUR, o problema é que o brasileiro tem um contacto muito pequeno com os refugiados, que ainda estão em pouco número no país.
O termo, que muitos brasileiros chegam a confundir com “fugitivo”, será substituído pela palavra “residente” na identificação dos estrangeiros.
Para o representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) Andrés Ramirez a mudança na carteira de identidade do refugiado é significativa.
Ele lembra que era um pedido antigo dos grupos que representam os cerca de 4 mil refugiados que vivem hoje no Brasil.
Entre as mais de 70 nacionalidades de refugiados no Brasil, a maioria é da Colômbia, Angola e Libéria.
Um angolano, que prefere não se identificar, está no Brasil há 15 anos e concorda que a mudança, ainda que só no papel, ajuda.
“Alguns amigos passaram por isso. Tiveram dificuldade, chegaram a voltar para casa por não conseguir emprego. A condição de refugiado inibe muito as pessoas quando elas vão procurar um emprego. As pessoas não sabem, têm preconceito ainda com o termo. Então, melhora, você passa a ter uma aceitação maior, sem desconfiança, sem preconceito”, conta.
Marcelo Haydu, fundador e director do Instituto de Reintegração do Refugiado (Adus) considera a medida relevante, mas acredita que ela está longe de colocar fim ao preconceito vivido pelos refugiados no Brasil.
Ele vê a novidade como uma medida paliativa,enquanto o mercado de trabalho discrimina o refugiado que procura emprego é um refugiado,
Para o Alto Representante do ACNUR, o problema é que o brasileiro tem um contacto muito pequeno com os refugiados, que ainda estão em pouco número no país.