Três mil refugiados moçambicanos no Malawi aguardam pelo regresso ao país, revelou o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Maputo.
Em conferência de imprensa, Hans Lunshof adiantou que a espera decorre da necessidade de um acordo entre Malawi, Moçambique e o ACNUR.
"Um acordo tripartido será a base para a mobilização de recursos que permitam o repatriamento, porque há grande vontade por parte dos refugiados para voltarem às suas casas", explicou Lunshof, adiantando que os refugiados têm manifestado o seu interesse em regressar a Moçambique.
Esses refugiados integram um grupo de 11 mil que fugiram do distrito de Moatize, província de Tete, entre 2014 e 2015, devido à insegurança provocada pelos confrontos entre o exército e a Renamo.
O director-nacional do Instituto Nacional de Apoio ao Refugiado (INAR), António Júnior, referiu, na mesma conferência de imprensa, que oito mil refugiados já regressaram ao país.