Um total de 6.346 refugiados moçambicanos, que fugiram das hostilidades militares resultants da reedição em 2016 do conflito politico-militar, e que se encontravam em campos no Malawi, regressaram ao país desde a declaração da trégua.
A informação foi confirmada a VOA pela administradora de Moatize, Maria Torcida.
“Parte das famílias regressou em 2016 e outra desde o início deste ano e o Governo continua a apoiar com alimentação e material para agricultura”, garantiu Maria Torcida, adiantando que as autoridades têm reintegrado as crianças refugiadas nas escolas locais das zonas de origem.
O grosso, 5.827 pessoas, que corresponde a 1.422 famílias, regressou quando um acordo de cessação das hostilidades militares foi alcançado, com a declaração da trégua no conflito que opunha o Governo e a Renamo, sendo que as restantes 519, equivalente a 188 famílias regressoaram nos últimos meses de 2017.
A maioria dos refugiados no Malawi é de Tete, particularmente da região de Nkondezi, e muitos regressados estão concentrados nos bairros um e Mondjo (Nkondezi), perto da fronteira entre Moçambique e o Malawi.
“Os que regressaram estão mesmo nos bairros de Nkondezi e estão a reconstruir as suas vidas” precisou Maria Torcida, reconhecendo o envolvimento da própria população na recomeço das suas vidas.
Além de apoio em sementes melhoradas, para acelerar a produção para a sustentabilidade das famílias, o Governo iniciou uma campanha de sensibilização das pessoas para que circulem à vontade em zonas severamente atingidas pelos confrontos que fizeram um número desconhecido de mortos e feridos, além de ter provocado milhares de deslocados internos.
Milhares de pessoas refugiaram-se para o Malawi, quando a tensão político-militar se acentuou no centro de Moçambique e mais de 10 mil moçambicanos chegaram a ser acolhidos como refugiados em campos daquele país vizinho.