O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) anunciou hoje, 15, o início da transferência de 10 mil moçambicanos para acampamentos com melhores condições no Malawi.
“Após a chegada, eles ficarão dois dias num centro de trânsito até a atribuição de terreno, alimentos, material de construção e utensílios domésticos,” informou o Acnur em comunicado.
Os moçambicanos estavam alojados em Kapise onde começaram a chegar em finais de 2015, provenientes da província central de Tete.
Em Janeiro, refugiados entrevistados pela disseram que fugiam dos combates entre as forças governamentais e os guerrilheiros da Renamo.
Os refugiados acusaram as forças governamentais de incendiar as suas casas e matar civis, o que o executivo de Maputo recusou.
No mês de Março, a Agência de Informação de Moçambique noticiou que uma missão governamental não encontrou evidência de tais abusos pelos militares.
Segundo o Acnur, em Março, o número de moçambicanos a chegar àquele acampamento chegou a atingir 250 por dia.
Moçambique e Malawi são dois dos países mais pobres do mundo. Ambos são atingidos pela seca, que resulta na insegurança alimentar.