Algumas populações no interior da província da Huíla estão a utilizar os mosquiteiros impregnados com insecticidas para ocombate à malária para a pesca artesanal, facto que está a deixar preocupados responsáveis da saúde na província.
Os municípios da Jamba, Kuvango e da Matala, no leste da província, são as regiões que mais registam esta prática que as autoridades da saúde consideram estar a colocar em causa os esforços de combate à doença que mais mata em Angola.
O director provincial de saúde da Huíla, Altino Matias, entende ser urgente que se intensifiquem naquelas comunidades campanhas de mobilização para as medidas de combata à malária.
“Deixamos algumas recomendações para se implementarem acções de mobilização acções de informação, educação e comunicação e ainda aquelas acções que visam diminuir a população de mosquitos. Nós temos em todos os municípios brigadas de luta anti-larval e anti-vectorial, temos sim algumas dificuldades em levar as populações a usarem os mosquiteiros para a sua protecção e não para a pesca».
Estados Unidos, parceiro
O uso de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas para a pesca na região leste da Huíla, tida como endémica, acontece meses depois de ter ocorrido na província uma distribuição de cerca de um milhão de redes no âmbito da estratégia de combate à malária.
Os Estados Unidos constituem um dos principais parceiros de Angola no combate à malária, tendo disponibilizado para os próximos cinco anos (2017-2021), 63 milhões de dólares para programas que reduzam o impacto negativo da malária e do VIH-Sida.
O referido programa prevê a distribuição de 10 milhões de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração para mais de 10 milhões de habitantes de 15 províncias de Angola.