Um recenseamento eleitoral de raíz arranca na segunda-feira, 19, em todas as 53 cidades e vilas autárquicas de Moçambique com vista às eleições municipais deste ano.
Espera-se que sejam recenseados 8.5 milhões de potenciais eleitores.
As opiniões, entretanto, divergem-se quanto à pertinência de um recenseamento de raiz, sempre que se pretenda entrar num ciclo eleitoral, havendo sugestões de que se pode usar o Bilhete de Identidade e outros no sentido de se manter o actual modelo, porque os partidos da oposição não confiam nos órgãos eleitorais.
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Algumas correntes de opinião defendem uma simples actualização porque desta forma o país iria poupar dinheiro, para além de que muitas das poucas pessoas que se recenseiam não votam.
O sociólogo Francisco Matsinhe discorda deste ponto de vista e diz que a oposição não confia nos órgãos eleitorais.
Entretanto, o analista Manuel Alves defende que tendo em conta o facto de que existem pessoas que anualmente atingem a idade para votar devia-se optar por uma simples actualização, que é menos onerosa.
Por seu turno, Moisés Mabunda é defensor da ideia de que o Bilhete de Identidade pode servir também para o processo de votação, como acotece noutros países mais ricos que Moçambique.