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RDC: pelo menos 4 cidadãos chineses mortos por milicianos no nordeste do país


Mina de ouro
Mina de ouro

Vários congoleses foram também mortos ou feridos no ataque, atribuído por algumas dessas fontes ao grupo armado Codéco.

Pelo menos quatro cidadãos chineses foram mortos na manhã de quarta-feira, 3, num ataque de milicianos a uma mina em Ituri, uma província rica em ouro, no nordeste da República Democrática do Congo, segundo fontes locais.

Vários congoleses foram também mortos ou feridos no ataque, atribuído por algumas dessas fontes ao grupo armado Codéco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo), uma milícia que afirma defender os interesses da tribo Lendu contra uma tribo rival, a Hema.

Os ataques a locais de extração mineira e a comboios são frequentes em Ituri e, mais a sul, na outra província de ouro, Kivu do Sul, onde há muitos mineiros chineses. Os conflitos em torno do ouro são também recorrentes entre as populações locais e os mineiros chineses.

"Houve uma incursão do Codéco no garimpo chinês", não muito longe da localidade de Abombi, no agrupamento (entidade administrativa) de Wazabo, no território de Djugu, em Ituri, disse à AFP o deputado provincial Jean-Pierre Bikilisende.

"Temos um balanço provisório inicial de quatro chineses mortos e dois elementos das FARDC (exército congolês) feridos", acrescentou.

Vital Tungulo, figura de proa do sector Banyali-Kilo, onde se situa Abombi, declarou que "seis cidadãos chineses, dois soldados congoleses e dois civis" tinham sido mortos.

O chefe do agrupamento de Wazado não pôde ser contactado na tarde de quarta-feira, mas o chefe do agrupamento vizinho de Benjamakusa, Dieudonné Mombiani, também falou de "seis chineses" mortos, bem como dos seus "guarda-costas". "Outras pessoas foram raptadas, não sabemos se estão vivas", acrescentou.

A embaixada chinesa na RDC não pôde ser contactada de imediato na quarta-feira.

Uma das províncias mais conturbadas do leste do Congo, Ituri é palco de um conflito entre milícias comunitárias, incluindo a Codéco, que levou à morte de milhares de civis e a deslocações maciças da população.

A parte sul da região é também alvo de ataques contra civis por parte das ADF ("Forças Democráticas Aliadas"), um grupo afiliado à organização jihadista Estado Islâmico, que também está ativo no norte da província vizinha de Kivu do Norte.

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