As forças de segurança do Congo mataram 36 refugiados Burundi durante confrontos na sexta-feira, na sequência de planos para retornar alguns dos refugiados para o seu país de origem, disseram funcionários e activistas locais.
Militares e policias abriram fogo quando os refugiados tentaram libertar alguns de seus compatriotas em Kamanyola, uma cidade no leste da República Democrática do Congo, perto da fronteira com Burundi.
Os militares tentaram dispersar os refugiados "disparando para ar, mas ficaram sobrecarregados", quando o grupo começou a atirar pedras, de acordo com o oficial do ministério do interior, Josue Boji.
A testemunha ocular Alfred Rukungo disse que os soldados continuaram a dispararcontra a multidão, mesmo depois de alguns refugiados terem sido feridos.
O funcionário das Nações Unidas, Florence Marchal confirmou as mortes e disse que o governo congolês, a agência de refugiados e aMissão de paz da ONU no Congo "mobilizaram equipas no local para investigar o que aconteceu".
No incidente, pelo menos 100 pessoas foram feridas.
O ministro das Relações Exteriores do Burundi, Alain Aime Nyamitwe, pediu ao Congo e à ONU no Twitter uma explicação sobre os tiroteios.
Mais de 400 mil refugiados do Burundi fugiram para o vizinho Congo desde 2015, para escapar da violência política que foi desencadeada pela tentativa bem sucedida, mas questionada do presidente Pierre Nkurunziza de ganhar um terceiro mandato.