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República Democrática do Congo: M23 toma mais território no Kivu Norte


O soldado M23 guarda a área durante a reunião entre oficiais da Força Regional da África Oriental (EACRF) e rebeldes M23 durante a cerimónia de entrega no campo de Rumangabo, no leste da República Democrática do Congo, a 6 de Janeiro de 2023.
O soldado M23 guarda a área durante a reunião entre oficiais da Força Regional da África Oriental (EACRF) e rebeldes M23 durante a cerimónia de entrega no campo de Rumangabo, no leste da República Democrática do Congo, a 6 de Janeiro de 2023.

Uma delegação do Conselho de Segurança das Nações Unidas encerrou no domingo uma visita de três dias à República Democrática do Congo, com embaixadores insistindo numa solução política para pôr fim ao conflito rebelde.

O M23 apreendeu extensões de território na província do Kivu Norte da República Democrática do Congo desde que voltou a emergir no final de 2021.

Os combatentes do M23 também avançaram nos últimos dias, ameaçando cortar todas as ligações rodoviárias para Goma, uma cidade com mais de um milhão de habitantes na fronteira com o Ruanda.

Os combates entre as forças congolesas e o M23 - alegadamente apoiado pelo Ruanda - deslocaram mais de 800 mil pessoas, de acordo com a ONU.

Uma delegação do Conselho de Segurança da ONU chegou na quinta-feira à capital da RDC, Kinshasa, antes de viajar para Goma no sábado.

A equipa encontrou-se com o presidente congolês Felix Tshisekedi. Em Goma tiveram conversações com funcionários locais, líderes civis e visitaram um acampamento de deslocados.

A delegação deveria partir da RDC mais tarde no domingo.

2Rs África: RDC, Ruanda e M23
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A visita do Conselho de Segurança veio após o colapso de um cessar-fogo mediado por Angola, que deveria entrar em vigor na terça-feira.

Várias iniciativas de paz anteriores também fracassaram.
No sábado, os bombardeamentos durante os confrontos do exército M23 mataram cinco civis em Kahumiro, 120 quilómetros (74 milhas) a norte de Goma, de acordo com oficiais de segurança e residentes locais.
O governo da RDC acusa o Ruanda de apoiar a M23. Peritos independentes da ONU, os Estados Unidos, França e vários outros Estados ocidentais também concluíram que o Ruanda apoia o grupo liderado por Tutsi. Kigali nega a acusação.

Entretanto, deputados angolanos vão debater a solicitação do Presidente da República para o envio de um contingente militar para a República Democrática do Congo (RDC), no quadro do processo de paz na região leste, na próxima sexta-feira, dia 17.

O anúncio divulgado na conta de Facebook da Presidência esclarece que a unidade tem como objectivo principal "assegurar as áreas de acantonamento dos elementos do M23 e proteger os integrantes do Mecanismo Ad Hoc de Verificação", sem especificar o número de soldados.

Esta declaração de Angola veio horas depois de o grupo rebelde M23 ter anunciado a sua retirada de múltiplas áreas sob o seu controlo, num momento em que os confrontos entre o movimento e o exército congolês voltaram a ocorrer nos arredores de Goma, no leste do país.

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