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Raúl Domingos diz que radicais da Frelimo querem obrigar Filipe Nyusi a recuar no acordo com Dhlakama


Raul Domingos, negociador do acordo de paz de 1992
Raul Domingos, negociador do acordo de paz de 1992

Antigo membro da Renamo diz que as Forças de Defesa e Segurança devem ser despartidarizadas

O presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento-PDD, Raúl Domingos, diz que radicais da Frelimo podem estar a pretender forçar o Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, a recuar relativamente aos entendimentos alcançados com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, sobre a desmilitarização do braço armado do movimento.

Raúl Domingos diz que radicais da Frelimo querem obrigar Filipe Nyusi a recuar no acordo com Dhlakama
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Raúl Domingos, que foi negociador-chefe da Renamo do acordo que pôs termo a 16 anos de guerra em Moçambique em 1992, considera que a força de Afonso Dhlakama obrigou a Frelimo a negociar com a Renamo.

"Tudo o que foi feito até à morte de Dhlakama foi considerando a força do próprio líder da Renamo, sobretudo a capacidade dele de resistência", realçou Raúl Domingos.

O antigo dirigente da Renamo referiu que "deve haver um grupo de radicais que acha que com a morte de Afonso Dhlakama, não há ninguém que pode insistir na posição do partido sobre as questões militares e quer recuar".

O líder do PDD diz que os consensos entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama estabelecem que o processo de desmilitarizaão da Renamo passa pela despartidarização das Forças de Defesa e Segurança.

Aquele dirigente político explicou ainda que a Renamo exige que os seus homens sejam integrados em todos os ramos das forças policiais, incluindo a Unidade de Intervenção Rápida, e que aqueles que constituem a chamada força residual sejam reintegrados na vida civil.

Mas, na sua opinião, o que se pretende fazer agora é o inverso.

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