O Presidente sul-africano afirmou que o seu Governo está pronto e disposto a apoiar Moçambique, caso se mantenha a agitação pós-eleitoral, sem dar mais detalhes sobre como seria essa intervenção.
Citado pelo portal sul-africano EWN, na Cidade do Cabo, durante um Fórum Empresarial Progressista do Congresso Nacional Africano, Cyril Ramaphosa afirma estar indeciso sobre a sua participação na cerimónia de tomada de posse de Daniel Chapo, na quarta-feira, 15, em Maputo.
“Como membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) estamos preparados, dispostos e capazes de lhes dar todo o apoio possível para poderem ultrapassar os desafios que enfrentam e esperamos que a tomada de posse de 15 de Janeiro corra bem e que tenham todo o nosso apoio de todas as formas possíveis”, afirmou aos jornalistas, sublinhando que "estamos a observar muito de perto o que está a acontecer em Moçambique e, obviamente, é um vizinho muito próximo de nós, um parceiro comercial muito bom.
Ramaphosa acrescentou que não sabe ainda se estará na posse do novo Presidente moçambicano, Daniel Chapo no dia 15.
"À medida que o tempo avança, vamos analisar o nosso programa e ver até que ponto o programa está bem alinhado com as nossas várias actividades”, concluiu o Presidente sul-africano.
Como a Voz da América noticiou na semana passada, as organizações não governamentiais Plataforma Decide e Consórcio Mais Integridade escreveram uma carta a Cyril Ramaphosa a pedir que ele intervenha para ajudar a a encontrar um solução para a crise moçambicana.
Na carta, aquelas associações, reiteram o apelo ao paz, mas pedem também que Ramaphosa requeira a instauração de um processo judicial no Tribunal Africano e no Tribunal Penal Internacional contra o Comandante-Geral da Polícia, o Ministro do Interior e o Estado Moçambicano, pelos crimes contra a humanidade cometidos durante os protestos.
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