O activista dos direitos humanos e jornalista angolano Rafael Marques foi notificado para responder a um processo-crime cuja acusação desconhece um interrogatório nesta terça-feira, 27 de Dezembro, no Departamento de Crimes Selectivos dos Serviços de Investigação Criminal de Angola.
"A luta continua, a verdade será conhecida e a justiça, mais tarde ou mais cedo, triunfará", é com estas palavras que o jornalista e activista dos direitos humanos e jornalista Rafael Marques diz enfrentar a justiça angolana, em mais um processo-crime
O activista diz não confiar na justiça do país e cita cita como exemplo vários processos que o próprio deu entrada nas instituições de justiça, mas que até ao momento não tiveram qualquer desfecho.
“Nós não temos justiça em Angola e isso tem que ser dito de forma clara” sublinhou Marques, acrescentando que "em 2013, o Coque que está aqui a falar comigo, fomos detidos juntos, fomos espancados, eu e o Alexandre Solombe apresentamos queixa e nem o SIC, nem a Procuradoria-Geral da República se dignaram investigar o assalto de que fomos vítimas pela Polícia de Intervenção Rápida”.
Marques foi recentemente condenado por um processo aberto por generais ligados à Presidência da República na sequência de denúncias de mortes na indústria diamantífera mas aguarda pelo recurso que interpôs junto do Tribunal Supremo.
Rafael Marques é proprietário de um site de denúncias de corrupção e violações de direitos humanos em Angola e tem enfrentado vários processos movidos por personalidades do poder.