Analistas questionam a experiência que Moçambique, como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, promete transmitir para a resolução de conflitos, porque sempre foi problemática a forma como geriu os seus conflitos internos.
As autoridades moçambicanas dizem que querem capitalizar esta questão, porque os moçambicanos têm sabido resolver os seus conflitos através do diálogo, mas o analista Lucas Ubisse discorda, porque “em Cabo Delgado, a aposta é na via militar como forma de acabar com a guerra".
A mesma opinião tem o analista Manuel Alves, para quem apesar de o Governo ter assinado acordos de paz com a Renamo, sempre houve problemas na sua implementação, pelo que, sublinhou, é problemático estar a pretender transmitir a sua experiência a outras nações.
Por seu turno, José Manteigas, deputado e porta-voz da Renamo, queixou-se de violações dos vários acordos assinados com o Governo, "incluíndo duas tentativas de assassinato do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, em Sofala e em Manica", depois da assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992.
Analistas criticam também a posição que Moçambique assumiu nas Nações Unidas, relativamente ao conflito russo-ucraniano.
Mas o Embaixador Pedro Comissário, diz que as críticas não fazem sentido, porque Moçambique defende a negociação como solução para o problema.