A decisão de Angola abandonar, por vontade própria, a Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP), está a dividir as opiniões
entre os vários especialistas, quer do sector dos petróleos como de
alguns economistas.
Para alguns, esta decisão chega tarde, porque a partir de agora o país
poderá de forma livre eleger o seu mercado. Para outros, esta decisão,
para além de estar alegadamente ligada a algumas alianças políticas
do Presidente João Lourenço, fica demonstrado que o pais
não quer estar sob o controlo dos membros daquela organização.
As fontes contatadas pela VOA afirmam, por outro lado, que
esta decisão também revela que Angola não é um pais que deve ser
levado a sério e acrescentam que a credibilidade internacional fica,
igualmente prejudicada.
O Ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, afirmou que é
sentimento das autoridades que, neste momento, Angola não ganha
nada, mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses,
decidiu sair.
Em declarações à imprensa, Diamantino Pedro Azevedo, disse que esta
não é uma decisão irrefletida, ou intempestiva.
A decisão estava nas previsões de vários especialistas,
depois de Angola rejeitar, no passado dia 30 de Novembro, a quota
atribuída pelo cartel, que previa uma redução, e que iria manter a
meta de 1.180 mil barris por dia para 2024.
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