A qualidade dos professores angolanos continua a ser um dos pontos fracos do sistema de ensino do país.
Na província de Kwanza Sul a questão tem sido alvo de debate e o sindicato de professores, através do seu secretário Celestino Lutukuta, disse que ”não se pode colher aquilo que não semeamos, por outras palavras, não se pode cobrar do professor aquilo que ele não tem”.
Lutukuta afirmou que “nos últimos anos” estão a ser formados bons quadros pelo Instituto Superior de Ciências de Educação e pelas escolas de formação de professores e magistérios, mas fez notar que as quotas para admissão em concursos são poucas.
Por outro lado, “muitos” dos que entraram em anos anteriores “não têm preparação pedagógica”.
Esses professores, disse o sindicalista, fazem face ao problema de quererem melhorar a sua qualidade, mas quando o fazem “ao nível da escola, ao nível do município, são conotados com absentismo, com falta de assiduidade”.
O professor reformado Eduardo Mateus disse haver também falta de “consciência pedagógica” entre muitos professores criticou o facto de alguns chegarem tarde às aulas.
“A questão não deve só ser vista no aspecto da formação pedagógica”, sublinhou.
“Temos o problema de pontualidade, de assiduidade e até de falta de respeito à criança”, denunciou aquele professor para quem “há colegas - desculpem o termo - que são aldrabões”.