Este ano Ana Magdalena Figueroa, doutoranda da Universidade de São Paulo, Brasil, foi convidada pelo cientista político Dr. Issau Agostinho, a fim de contribuir para um livro que ele e outros académicos africanos estão a escrever sobre a democratização em África.
Figueroa ficou responsável por escrever sobre os efeitos da migração no processo de democratização no continente africano, desde que a população de cada país tenha pelo menos 500 mil habitantes.
Depois de montar uma base de dados com 50 países, ela fez uma análise levando em consideração o movimento de pessoas de um país para o outro e o dinheiro que os migrantes enviam para os familiares nos países de origem.
Após examinar os dados, Figueroa descobriu que os migrantes aumentam de facto a probabilidade de democratização nos países de origem, além de também aumentarem a probabilidade de crescimento económico naqueles regimes que são mais autocráticos ou mais democráticos. No entanto, para os países que estão no meio da escala, a influência é bem menor.
As diásporas, imigrantes que moram fora do país por pelo menos um ano, também começam a ter um efeito positivo na probabilidade de democratização, levando-se em conta as remessas e as questões económicas, sociais e políticas.
Figueroa explica que o livro está no processo de peer reviewing e pode ficar disponível na forma impressa ou online a partir de Novembro ou Dezembro.
BIOGRAFIA - Em 2008, Ana Magdalena Figueroa obteve o diploma de bacharel em Contabilidade e Finanças na Universidade Don Bosco em El Salvador e em 2012 terminou o mestrado em Ciências Políticas e Relações Internacionais na Universidade Chosun, Coreia do Sul, onde escreveu a tese sobre "O Impacto da Globalização no Desenvolvimento Humano dos Países em Desenvolvimento".
Ela é membro da Associação Internacional de Estudantes de Ciências Políticas (IAPSS) e Editora do Journal Politikon, da mesma associação. Também é Directora da seção da América do Norte da revista online Il Geopolitico com base na Itália.
Confira a entrevista na íntegra!