O Tribunal Constitucional (TC) de Angola aceitou a providência cautelar do candidato rejeitado do Partido da Renovação Social (PRS) e diz que pode intimar o partido a abster-se de realizar o quinto congresso.
Entretanto, a comissão preparatória do quinto congresso ordinário do PRS garantiu estarem criadas todas as condições para a realização do evento que decorre de 2 a 4 de abril, em Luanda.
O processo de preparação do congresso dos renovadores sociais ficou marcado com a exclusão de dois potenciais candidatos, Sapalo António e Gaspar dos Santos, que viram as suas candidaturas chumbadas, por não reunirem, alegadamente, os requisitos previstos nos estatutos do partido, deixando Benedito Daniel em condições de concorrer sozinho para a sua própria sucessão.
Os candidatos excluídos afirmam que o congresso está viciado, cheio de irregularidades e para o efeito recorreram ao TC para suspender a actual comissão preparatória.
Alguns círculos políticos no país mostram-se preocupados com a falta de democracia interna na maioria das principais forças políticas, que condicionam de forma reiterada a existência de alternativas para as atuais lideranças.
O PRS foi fundado em 1990 e na primeira eleição em que participou, em 1992, ganhou seis assentos na Assembleia Nacional.
Em 1999, o partido passou por um período de conflito, durante o qual, quatro deputados foram expulsos.
Esta semana encerrou o processo de renovação de mandatos a nível das províncias.
O porta voz da comissão preparatória confirma que o partido já foi notificado pelo TC em relação à providência cautelar apresentada por um dos candidatos excluídos.
Ainda assim, Ndongi Vieira diz estar confiante na realização com sucesso do quinto congresso ordinário do PRS.
O analista político Agostinho Sikato e o jurista Manuel Cangundo, bem como o porta-voz do partido, analisam o congressoe o momento atual do PRS.
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