A Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau retomou os trabalhos nesta quinta-feira, depois de 10 dias de suspensão, com a presença dos 15 novos deputados do PAIGC, partido maioritário, mas sem os parlamentares do PRS, na oposição.
Os trabalhos foram retomados depois de ontem o Tribunal Regional de Bissau ter validado a decisão da Comissão Permanente do Parlamento de retirar o mandato a 15 deputados expulsos do PAIGC e ordenado que deixam a ANP trabalhar.
Na sessão de hoje, estão presentes 56 deputados do PAIGC, dois do Partido da Convergência Democrática e um da União para a Mudança.
O presidente da ANP Cipriano Cassamá continua ausente por motivos de doença.
O edifício encontra-se fortemente vigiado pela polícia.
O PRS, cujos 41 deputados não compareceram ao hemiciclo, vai pronunciar-se a qualquer momento sobre o assunto.
Ao que tudo indica o Parlamento vai apreciar e votar o Programa do Governo pela segunda vez, depois de ter sido chumbado a 23 de Dezembro.
Com os novos 15 deputados, mesmo com a ausência do PTS, o PAIGC tem votos para aprovar o Programa do Executivo de Carlos Correia.
Entretanto, depois de decisão judicial de ontem, espera-se que os deputados expulsos ou outra entidade recorra ao Supremo Tribunal.
No campo político, o Presidente da República continua a série de contactos com partidos políticos e sociedade civil iniciada na segunda-feira.
Fontes bem informadas garantem que José Mário Vaz deve falar amanhã ao país.